Mistério de ti
assim, despida de pele e seda, te espero na descoberta de todo dia com o mistério que me trazes… sei de ti, apenas isso (Clara)
assim, despida de pele e seda, te espero na descoberta de todo dia com o mistério que me trazes… sei de ti, apenas isso (Clara)
a poesia sutil que somente tu carregas nas mãos, quando tocas a umidade dos lábios da flor (pétalas expostas) – Clara
já despi minha alma, e nem percebeste o corpo exposto em liberdade poética (Clara)
uma despe, a outra prova… palavras que formam o verso (Clara)
e se olho tua nudez secreta pela janela entreaberta que deixaste, é porque ainda espero que me venhas trazendo flores (Clara)
e com as mãos, percorrerei teu corpo em silêncio… como quem reverencia o desejo molhado da alma (Clara)
ainda escrevo teus olhos de gozo, e tua boca sedenta das águas que tenho… com os dedos molhados na pele (Clara)
sem perceber, o mel lhe escorria das mãos… e a flor saciada, sorria em silêncio (Clara)
e não conseguia esconder o ar de gozo e doçura que tinha na boca (Clara)
e cada vez que se aproximava do jardim, era a flor que ele queria tocar (veludo molhado) – Clara